Tornar-se denunciante não era o plano de Frances Haugen. Ela afirma que não gosta de ser o centro das atenções, no entanto, as coisas que viu enquanto trabalhava no Facebook a empurraram para agir. Frances Haugen é ex-gerente de produto do império de mídia social, que recentemente se renomeou com o novo nome “Meta”. Em 2021 ela divulgou vários documentos internos do Facebook para a Securities and Exchange Commission (SEC) e para o The Wall Street Journal.
Frances ingressou no Facebook em 2019, onde se tornou gerente de produto no departamento de integridade cívica. Ela notou que o Facebook estava priorizando o lucro em detrimento da segurança pública e decidiu deixar a empresa em maio de 2021. Ao mesmo tempo, ela entrou em contato com o escritório de advocacia sem fins lucrativos Whistleblower Aid. Com o apoio deles para fornecer anonimato e segurança, Frances começou a conversar com membros do Congresso dos Estados Unidos e do The Wall Street Journal.
Ela tem acusado o Facebook de promover discurso de ódio e desinformação, prejudicar a democracia e semear divisão social polarizando conteúdo.
Haugen revelou sua identidade como a denunciante quando ela apareceu em um programa do horário nobre na televisão americana. A capitalização de mercado do Facebook despencou $6 bilhões em 24 horas após a entrevista.
As reclamações apresentadas à Securities and Exchange Commission (SEC) e os tópicos abordados pelo The Wall Street Journal incluíram como o Facebook lida com:
- desinformação política,
- discurso de ódio
- saúde mental adolescente
- tráfico humano
- promoção da violência étnica
- tratamento preferencial para usuários de alto nível
- comunicações com investidores
Em novembro de 2021, foi movida uma ação judicial contra a Meta Platforms (anteriormente conhecida como Facebook) em nome de investidores, alegando falsas representações iterativas de executivos (incluindo o CEO Mark Zuckerberg e o CFO David Wehner) com base em “The Facebook Papers” — documentos revelados por Frances Haugen. O processo não apenas busca mais de US $100 bilhões em danos, mas também para a empresa implementar reformas.